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15 de junho de 2023

 

Acigabc aponta oportunidades para alavancar potencial de Santo André

 

Santo André tem uma localização privilegiada do ponto de vista logístico. Possui uma boa infraestrutura com acesso às principais rodovias do Estado por meio do Rodoanel além de galpões e condomínios bem-posicionados, o que facilita o escoamento de mercadorias, inclusive as do e-commerce que precisam ser rápidas. A avaliação é do empresário Milton Bigucci Jr., presidente da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC (Acigabc).

Engenheiro civil e advogado, atribui o salto de desenvolvimento no ramo imobiliário da cidade em relação às outras da região ao estilo de gestão pública, desburocratizada e acolhedora ao empreendedor nos últimos seis anos. Potencial que o construtor acredita possa ser preservado e melhorado para as gerações futuras mediante o debate exaustivo com a sociedade civil, agora na revisão do Plano Diretor.

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Para o empresário, a prioridade do Plano Diretor deve ser construir uma cidade justa, onde todos os segmentos, primeiramente a população, sejam beneficiados. “Tem de atender a cidade e não apenas alguns segmentos porque se a cidade não for boa para todos, não se valorizará e o prejuízo será também para todos”, diz. Bigucci Jr. ressalta que Santo André tem feito isso e que, no esboço do Plano Diretor em elaboração, os gestores já estão em contato com a

sociedade civil para discutir ideias para o direcionamento da cidade, o que na sua opinião é motivo de grande satisfação, sinal inequívoco de que os gestores públicos estão preocupados com o futuro da cidade e dos cidadãos. O presidente da Acigabc revela que a associação enviará em breve à Prefeitura sugestões de melhorias ao Plano Diretor e sinais de alerta quanto à atividade dos construtores, imobiliárias e administradoras do ABC, como a interferência em questões relacionadas às demandas do próprio mercado imobiliário, o tamanho dos dormitórios, por exemplo. “Precisamos atender as expectativas dos nossos clientes para vender e o poder público dá as diretrizes para cada região”, define.

Bigucci Jr. aponta as edificações muito antigas da cidade como preocupação da Acigabc, engajada na luta por uma legislação que autorize o retrofit, uma reforma com mudança de uso muito usada nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, entre outras, e que não existe ainda em Santo André.

O engenheiro afirma que a associação encaminhou como sugestão um documento à parte sobre retrofit, também enviada à revisão do Plano Diretor para pedir que não só Santo André tenha uma legislação específica, mas para que essa prática seja incentivada na cidade. “O retrofit é uma tendência mundial sem volta, porque os novos prédios vão envelhecendo e perdem sua função social”, explica.

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