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18 de junho de 2023

 

Santo André deve planejar atividade industrial e abraçar TI e saúde, diz Aroaldo

Ante o paradoxo das mudanças no perfil do emprego a partir da pandemia, e nos hábitos, desejos e expectativas da população, o que se percebe do ponto de vista do desenvolvimento econômico e social de Santo André é o tamanho do desafio na construção do seu futuro nas próximas três décadas, segundo Aroaldo Silva, presidente da Agência de Desenvolvimento do Grande ABC.

O dirigente diz que é fundamental no debate do novo plano diretor conciliar a atração de investimentos em Santo André e manter os atuais, discutir e planejar a relação da atividade industrial com outros setores da economia, como habitação. “Teremos um desafio complexo para os próximos 30 anos, sabendo que as pessoas agora querem trabalhar perto de casa e que há um grande déficit habitacional, embora novos empreendimentos estejam surgindo, mas isso não pode conflitar com as ondas de desenvolvimento econômico do município”, destaca.

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Aroaldo Silva avisa que a mobilidade é outro grande problema também para a indústria e defende a ampla discussão dos anseios da população no plano diretor, para definir quais serão as zonas de desenvolvimento econômico e as habitacionais e evitar o avanço do adensamento habitacional na direção de áreas industriais, a fim de que uma não “expulse” a outra da região, em prejuízo de todos.

O presidente da Agência de Desenvolvimento ressalta a importância da indústria para o ABC, como detentora de grandes cadeias que geram valor agregado e empregos qualificados. Lembra que 30 mil indústrias fecharam no Brasil nos últimos seis anos e defende a criação de políticas industriais no âmbito federal para frear esse movimento.

Percalços à parte, Aroaldo avalia que Santo André e outros municípios da região já fazem a lição de casa na reorganização do ambiente regulatório das cidades com desburocratização, agilidade nos licenciamentos e suporte técnico. “A cidade já tem executado e criado o ambiente de negócios favorável para atrair investimentos industriais”, afirma.

Sobre a contribuição para o cenário atual do Santo André 500 Anos, projeto para as próximas três décadas, Aroaldo diz que pensar em longo prazo é melhor e mais consistente para um bom planejamento. Dá oportunidade para desenhar os instrumentos adequados para objetivos complexos. O dirigente fala de coisas como atrair investimentos e indústrias da cadeia de valor da energia limpa para a região em atendimento à transição energética para a descarbonização.

Com olhos no amanhã, Aroaldo Silva chama a atenção para dois grandes debates, ainda incipientes no ABC. São as empresas de TI, importantes para a indústria na transição do modelo de emprego, cada vez menos braçal e mais tecnológico e intelectual, e a estruturação de um complexo econômico industrial de saúde. “Precisamos reorganizar uma indústria de saúde no Brasil e Santo André pode ter participação fundamental nesse debate”, ressalta. Segundo Aroaldo, Santo André é a segunda cidade do Estado em equipamentos de saúde, só perde para a Capital paulista.

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