top of page

5 de junho de 2023

 

Para Maria Inês Villava, cidade inclusiva prioriza qualidade de vida do idoso

Na avaliação de Maria Inês Villalva, coordenadora técnica da Federação das Entidades Assistenciais de Santo André (Feasa), a prevenção para uma qualidade de vida dos idosos é primordial para uma sociedade mais inclusiva, organizada e justa para todos. Maria Inês defende a inclusão desse público na lista de prioridades das políticas públicas, ao lado de crianças e adolescentes, dada a proporção do envelhecimento da população em relação aos baixos índices de natalidade, verificado em vários países do mundo. Ao pensar Santo André de hoje e daqui a 30 anos, Maria Inês vê que mais serviços de convivência e fortalecimento de vínculos deveriam estar em operação na cidade. Tal serviço é um trabalho preconizado na política de assistência social do município, que oferece qualidade de vida para a população idosa por meio de ações de integração com os familiares. “Essa prática é salutar e faz com que elas tenham mais dignidade e adoeçam menos”, afirma.

Maria.png

A coordenadora da Feasa adverte que envelhecer é caro, traz despesas que não se apresentam em outras faixas etárias e, por isso, o município tem de estar preparado para enfrentar esse processo com políticas públicas para essa população. Maria Inês conta que Santo André tem no Centro de Referência da Pessoa Idosa um trabalho interessante e importante, que funciona na sede do Tênis Clube, e defende a descentralização das ações para facilitar a acessibilidade 

dos programas aos idosos que estão na periferia, pois muitas vezes o deslocamento é difícil. Aponta ainda a necessidade de mais atenção para a saúde mental, que precisa também de um espaço especial para o atendimento a esse público. O desenvolvimento de projetos para empregabilidade e renda aos que ainda podem exercer alguma atividade profissional, que considera salutar para a autoestima, também é bem-visto pela coordenadora da Feasa, que recomenda um diagnóstico para a fundamentação estatística dessa constatação. “A partir do diagnóstico, Santo André poderia viabilizar um plano de ação muito mais efetivo e que vá ao encontro das necessidades dessa população”, ensina. Nesse processo, Maria Inês destaca a importância da avaliação de programas para os que perdem autonomia e dependem de familiares, o que gera dificuldades para quem trabalha e não tem recursos para bancar uma instituição geriátrica particular. “Não existe creche para o idoso”, ressalta ao observar que isso tornaria Santo André uma cidade mais inclusiva e evitaria problemas futuros. Inês sugere também a ampliação de vagas nas sempre lotadas entidades de assistência social e de acolhimento para pessoas idosas do município. “O acolhimento adequado ao idoso vulnerável é um desafio que está posto para o País. Não há fórmula mágica. O envelhecimento precisa ser assistido”, ressalta.

bottom of page