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28 de junho de 2023

 

Novas tecnologias levam à eficiência da gestão pública, afirma Buissa

Para ser útil a tecnologia precisa resolver o problema de alguém em qualquer área. No poder público, há que se pensar em ferramentas que otimizem o trabalho do servidor, com mais segurança nas informações e agilidade nas tomadas de decisão, mas sobretudo facilitar a vida do cidadão. Assim pensa Daniel Buissa, diretor da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André) e coordenador do Núcleo de Jovens Empreendedores da associação, para quem é preciso partir da premissa que a tecnologia é um meio facilitador para enxergar o que deve ou pode ser usado para dar mais eficiência na gestão, e não apenas simples solução.

Buissa destaca fundamentais para garantir essa eficiência. O primeiro é a preparação e treinamento dos servidores, que são os operadores das tecnologias e vão precisar de adaptação. Depois, aprender que a mudança é coisa natural e necessária para melhorar o serviço público, e entender que a tecnologia veio para ficar e ajudar, e não para atrapalhar o servidor. Desse modo, ele acredita, o aproveitamento dessas ferramentas tecnológicas e sistemas será maior.

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O diretor da Acisa aponta o acompanhamento da administração das diversas áreas com base em análise de dados por parte dos gestores é o segundo ponto mais importante nessa jornada, pois a informação precisa é a grande facilitadora na tomada de decisão, reduzindo a chance de erro. Buscar constantemente as atualizações e melhorias contínuas das ferramentas, cuja obsolescência é cada vez mais rápida, é o terceiro e último ponto.

Buissa lembra a existência de diversas ferramentas já adotadas nas esferas do poder público para a eficiência na gestão, como sistemas de digitalização de processos administrativos, de gestão de projetos e de atendimento digital à população. E recomenda que o melhor é começar a aplicação desses recursos de dentro da gestão, pois criam um processo bem definido de trabalho ou otimizam o que já existe, para depois chegar como benefícios à população.

Na questão da prioridade da destinação de avanços tecnológicos, Buissa afirma que quando se separa as áreas em caixinhas não há como fugir dos eixos principais – educação, saúde e segurança -, que a população tem maior dependência dos governos em todas as esferas. Mas reforça que independente da área fim é sempre importante olhar primeiro para dentro, para o servidor, aplicar a tecnologia de dentro para fora.

Diz que hoje Santo André tem bons exemplos do uso de tecnologias com impactos no dia a dia da população. Ressalta avanços na educação da rede pública de ensino, em que a Prefeitura entregou cerca de 20 mil tablets com acesso à internet para os alunos na pandemia, que ajudaram com aulas remotas e servem de motivação de interesse aos alunos no retorno às aulas presenciais. “Começamos a trabalhar com a tecnologia para resolver um problema pontual e pensando na política pública e adaptamos o seu uso ao momento que estamos vivendo”, analisa. Buissa observa, entretanto, a importância da integração da tecnologia para bons resultados na sala de aula. “Se você coloca uma lousa digital e não dá uma aula conectada com todas as potencialidades que ela tem, não muda muito o efeito do giz e a lousa, da projeção na tela. É muito mais que isso, e o treinamento é essencial para transmitir e tirar o máximo das ferramentas tecnológicas”, avisa. Quando se fala de governo, ele defende que importa que cada gestão entenda quais são as suas prioridades, sejam as necessidades latentes trazidas pela população ou as propostas que um governo eleito pela maioria dos votos compactuou com a população.

Audiências públicas

Sobre o papel da tecnologia no debate em audiências públicas, Buissa confirma que em Santo André já são realizadas no formato híbrido, na maioria, e transmitidas na TV Câmara, e destaca que o modelo facilita maior acesso e aumenta o alcance da participação. Exalta as ferramentas digitais aplicadas, como na coleta de sugestões e percepções da população em escuta pública, que podem ficar abertas por longo período por meio de link com formulário para pesquisa, e de consulta popular por aplicativo, método usado pela Prefeitura. “Quando se traz isso para o modo digital também agiliza o tratamento de dados e dá mais confiabilidade à informação, a ferramenta é a mais efetiva e eficiente para dar publicidade às audiências públicas”, afirma.

Buissa diz que a comunicação é o gargalo da maioria das prefeituras, e chama a atenção para a importância dos canais online como facilitadores para atingir a maior parte da população, em redes sociais ou aplicativos de mensagem. Lembra que hoje mais de 90% da população brasileira tem acesso à internet em casa, segundo pesquisa do governo federal de 2021. “Isso não quer dizer que devemos fechar os olhos para os 10% de excluídos digitais, que precisamos incluir”, adverte.

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