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Marco Regulatório no Território 3: saúde e habitação são principais reivindicações da população

Região é formada pelos bairros Cata Preta, Jardim Cipreste, Jardim Guarará, Jardim Irene, Jardim Santa Cristina, Jardim Vila Rica, Sítio dos Vianas, Vila João Ramalho, Vila Lutécia, Vila Luzita e Vila Suíça

Fonte: UPAE


A 13ª audiência pública contributiva para revisão do Marco Regulatório de Santo André foi realizada nesta terça-feira (19/4), na EMEIEF Carolina Maria de Jesus, na Vila João Ramalho, e recebeu quase 200 munícipes do território 3. Entre as reivindicações, políticas públicas ligadas ao desenvolvimento econômico e social, habitação e mobilidade urbana foram os principais destaques do encontro que teve por objetivo ouvir as demandas da população para construir uma legislação de política urbana moderna, atualizada e que crie as condições para o crescimento ordenado da cidade.


Um dos temas mais abordados da plenária, o atendimento à saúde recebeu muitas críticas dos moradores. Janete Santana Prado, que vive na vila João Ramalho, reclamou da falta de médicos no posto de saúde. "Isso é uma vergonha. Não tem para adutos, crianças e idosos. A gente não acha ginecologista, clínico geral. Tenho pressão alta e sou cardíaca, se quero médico, vou ao pronto socorro. Não sou assistida para marcar consulta e ser acompanhada mês a mês. Tem que fazer alguma coisa", afirmou.


Morador do Jardim Cipreste, Reginaldo Ranzoti reclamou do Posto de Saúde Familiar (PSF). "Nossa reivindicação seria para para transformá-lo em USB. Já temos até abaixo-assinado porque precisamos de geriatra e especialista para crianças". Além destas, outras demandas foram apresentadas para a área da saúde, como falta de medicamentos, construção de novos equipamentos públicos para saúde mental e de especialidades.


Assunto também recorrente no encontro, a EMEIEF Carolina Maria de Jesus recebeu muitas críticas relacionadas à alimentação oferecida às pessoas. "Todos nossos alunos reclamam muito e com razão, e todos nós professores e da gestão sempre tentamos fazer o possível para conseguir melhorar a merenda", declarou a professora Fernanda, que dá aulas no EJA II. "Para os adultos há apenas bolacha seca e fruta, mas eles precisam de comida. Além das crianças, também temos que pensar nesses adultos. Depois da pandemia tudo ficou muito mais difícil, os preços aumentaram, muitos trabalham o dia todo, chegam na escola e não conseguem aprender com fome, então precisam de arroz e feijão, e a fruta que seja sobremesa", continuou.


Também moradora do Jardim Cipreste, Gislaine de Jesus pediu atenção às famílias que sofreram desapropriação no bairro e que recebem auxílio aluguel. "Lá tinha famílias que dependiam de suas moradias. Tiraram quase 200 famílias e colocaram no aluguel social de seis meses, mas daqui dois meses todos vão para rua", explicou. "Estamos aqui para pedir a vocês nos ajudarem a nos colocar em um projeto habitacional". Além de Gislaine, muitos outros munícipes pediram moradia digna e políticas públicas relacionadas à habitação no território. Ademar Machado, líder comunitário, também alertou sobre o fim do aluguel social oferecido às famílias desapropriadas. "A prefeitura foi lá e o pessoal saiu numa boa. Quero pedir aqui para aumentar o tempo de aluguel social, porque quando acabar eles vão para onde?", questionou.


Segurança pública, mais opções de lazer para crianças, oportunidades de trabalho e oferta de cursos profissionalizantes, além de reivindicações relacionadas à mobilidade pública com mais opções de transporte para equipamentos públicos de saúde também foram destaques na audiência pública. A próxima plenária do Marco Regulatório acontece nesta quarta-feira (20/4) e terá transmissão ao vivo pelos canais do Facebook e Youtube da Prefeitura de Santo André. Mais informações sobre o Marco Regulatório aqui.

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