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Marco Regulatório no Território 6: mobilidade, meio ambiente e cultura são principais reivindicações

Audiência pública recebeu cerca de 30 moradores dos bairros Bangu, Santa Teresinha, Parque das Nações, Parque Jaçatuba, Vila Curuçá e Várzea do Tamanduateí

Fonte: UPAE


A sétima audiência pública para revisão do Marco Regulatório da Política Urbana de Santo André, realizada às 19h15, na creche Professora Evangelina Jordão Luppi, reuniu dezenas de munícipes na última terça-feira (29/3) e registrou as principais demandas da população residente dos bairros da região.


Morador do território há aproximadamente dois anos, Rafael Furlan vê na região um grande potencial de crescimento alavancado pelos equipamentos culturais. Para ele, é preciso desenvolver um polo cultural interligado, fazendo com que os espaços sejam mais aproveitados e os bairros beneficiados com maior movimentação. “A gente é atendido por uma Universidade Federal, um teatro municipal, um parque que abriga a Escola Livre de Cinema e Vídeo, igrejas e espaços ecumênicos. Também temos muitos bares, uma vida noturna relativamente agitada, mas falta integração. Aqui há toda essa infraestrutura, mas não existem serviços e uma lógica integrada”, afirma. “Traríamos mais empregos para a região e, consequentemente, fomento ao comércio local, o que seria muito útil para todos”, finaliza.


Alfredo Magalhães Jardim Netto, que também vive na região há anos, reclama da demora da Prefeitura para a resolução de um pedido antigo da comunidade. "Temos uma demanda que há 50 anos não é resolvida, que é o estacionamento do bairro. Há cinco anos a Prefeitura entrou com uma ação de despejo dos moradores que utilizam a área para criar uma área habitacional, mas ele supre nossa demanda que é guardar os veículos de quem mora aqui”, diz.


Alfredo argumenta que as casas da região foram construídas sem garagem e a única alternativa que os moradores têm é o uso do estacionamento cedido pela municipalidade. “Se os carros estiverem na rua, haverá um problema de circulação, automaticamente não terá espaço para nada, porque nosso bairro é pequeno. Se forem tirados do espaço, ninguém mais circula aqui, polícia, caminhão de lixo”, explica. “Criamos uma associação, foi dada entrada na Prefeitura na área de habitação, todos os trâmites legais já foram executados, porém, esta ação ainda continua tramitando, então precisamos que isso se resolva”, reclama.


A moradora Irani Lacerda Gomes, que também participou do encontro, agradeceu a oportunidade de ser ouvida e elogiou a iniciativa da audiência pública contributiva. “Quando falamos de participação popular, é muito difícil encontrarmos em muitos municípios do Brasil”, afirma. A moradora, no entanto, reivindicou mais controle das empresas de recicláveis da região. “Gostaria que os vereadores formulassem leis mais severas para fiscalização dessas empresas que fazem triagem e transbordo de materiais que não sabemos de onde vem. Temos uma lei de uso de solo, uma lei de impacto de vizinhança, mas creio que elas não tenham autorização”, denuncia.


Irani conta que é comum ver caçambas das empresas ao ar livre em dias de chuva e que esses locais podem ser foco para a proliferação de mosquitos Aedes aegypti, que transmitem várias doenças. “Quando a gente ouve ‘cuidado com a dengue, com o pequeno vaso que você tem em casa’, eu vejo que empresas têm caçambas ao ar livre, que ficam dias e dias no tempo. São criadouros de mosquitos”, diz. “Muitas não cuidam nem do seu entorno. São ratos, baratas e atrás delas virão os escorpiões, que a gente ainda não têm por aqui. Então peço um olhar mais severo e fiscalização”, continua.


Outro pedido de Irani também tem relação com mobilidade. Ela conta que já denunciou à Prefeitura a presença de grandes veículos em ruas onde a circulação é proibida. “Onde moro, rua Jundiaí, avenida Engenheiro Olavo Alaysio de Lima, a parte baixa da alameda São Bernardo, a rua Guararapes e a praça Artur de Azevedo, vemos caminhões e caçambas enormes. Ali é proibido o trânsito deste tipo de veículo e não vejo fiscalização. Já enviei pedido à Prefeitura e até agora nada”, fala. Todas as audiências terão transmissão ao vivo pelos canais do Facebook e Youtube da Prefeitura de Santo André. Mais informações sobre o Marco Regulatório aqui.

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